E a chuva voltou a cair. Fez-se sentir em todo o lado. Sobretudo no meu corpo. No teu também, mas no meu ainda mais. Por entre palavras soltas e sorrisos cúmplices, eu precisava de sentir a chuva. Eu preciso de sentir.
Agora, com tudo isto já passado, estou rodeado de realidades alternativas à minha, há quem lhes chame livros. Nunca entendi bem porquê...
Estou sentado no chão. Olho para as velas a queimar aqui e ali, cada uma mais lenta que a outra. Sinto-me bem. Sorrio. Choro.
Procuro agora deitado a olhar para o tecto um novo rumo para não ser igual a ti, há coisas que não se explicam e o caminho que eu pintei naquela tela, naquela grande tela agora não dá para apagar. Confesso que tive para destruir a tela, queimá-la, mas do que é que isso adiantaria? Na minha cabeça (e no meu coração) esse caminho manter-se-ia bem presente.
Tenho de começar a desenhar outra tela, mudar de cores e de pincéis.
Dou um golo no café ainda bem quente. Uma vela apaga-se. Positivo. Acho que algo me diz para mudar...
Neste momento, quase nada parece certo. A ferida ainda dói, e o que está longe percebo que não está assim tanto. Estou a um passo de mudar. O problema é avançar.
Apagou-se outra vela.
Preciso de me sentir acompanhado. A cumplicidade parece não existir. A noite consome-me a alma ou o espirito ou o que lhe quiserem chamar. É tão facil errar e entregar-se de corpo todo a quem nos parece diferente e emana cumplicidade. Essa cumplicidade boa que todos gostamos.
Apagou-se outra vela.
Continuo à espera. Preciso de desenhar outro caminho, mais seguro, mas se for totalmente seguro que experiências é que isso me proporciona? Agora fiquei confuso.
Quando penso que o que está certo está certo, dizem-me que está errado. Quando penso que está errado, dizem-me que está certo. Não consigo perceber.
Entra alguma luz pela janela. Entra com ela uma brisa que apaga todas as velas. Aquele cheiro a cera quente...
Levanto-me. Pego numa realidade alternativa. Folheio-a. Durmo. Amanhã é outro dia.
(Sugestão musical para hoje: Cúmplices - Mafalda Veiga. Depois perceberão o que eu disse.)
terça-feira, novembro 01, 2005
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
A chuva...a bela da chuva que nos ajuda a pensar...que nos liberta...que nos arrefece...foi um momento bonito aquele...apesar de nao esperar ouvir nada assim...fiquei sem nada para dizer...custa escolher o caminho certo..mas as escolhas existem por isso mesmo, apesar de muitas delas não serem as mais correctas, existem com algum propósito...o de aprender, e ganhar força para avançar =)
Ajudas-me...quando precisares eu ajudo-te =D
Cumplices ;) *
ao de leve. magicamente. como se fosses dono do tempo. tão sereno. perspicaz nas palavras. nas frases que escolhes para demonstrar aquilo que te vai na alma. "fica tão facil entregar a alma a quem nos traga um sopro do deserto". trazes o tal sopro que as vezes preciso e dás-me aquela força que tantas vezes vai abaixo.
precisamos enfrentar os obstáculos da vida com toda a força que um dia ja conheci em ti e em mim. O dia de amanhã será bem melhor. Acredita em mim ;)
e nao. não quero ser tua cúmplice até amanhecer. quero ser o resto da vida. talvez até um amanhecer bem longicuo ;)
bju*** Si*
Fianlemnte consegui vir aki ao teu blog... epah... eu sei k é repetitivo mas mais uma xs esta 5 estrelas!! k posso mais eu dixer?!
Nda...
Até pk hoje é um dia mtooooo mau... =/ e a inspiração foi se com a bonança... por isso... Fika assim... =)
Bjunfas aki da tua melga favorita
S o p h i e
Enviar um comentário