terça-feira, novembro 01, 2005

Hoje vou ficar por aqui...

E a chuva voltou a cair. Fez-se sentir em todo o lado. Sobretudo no meu corpo. No teu também, mas no meu ainda mais. Por entre palavras soltas e sorrisos cúmplices, eu precisava de sentir a chuva. Eu preciso de sentir.
Agora, com tudo isto já passado, estou rodeado de realidades alternativas à minha, há quem lhes chame livros. Nunca entendi bem porquê...

Estou sentado no chão. Olho para as velas a queimar aqui e ali, cada uma mais lenta que a outra. Sinto-me bem. Sorrio. Choro.

Procuro agora deitado a olhar para o tecto um novo rumo para não ser igual a ti, há coisas que não se explicam e o caminho que eu pintei naquela tela, naquela grande tela agora não dá para apagar. Confesso que tive para destruir a tela, queimá-la, mas do que é que isso adiantaria? Na minha cabeça (e no meu coração) esse caminho manter-se-ia bem presente.
Tenho de começar a desenhar outra tela, mudar de cores e de pincéis.

Dou um golo no café ainda bem quente. Uma vela apaga-se. Positivo. Acho que algo me diz para mudar...
Neste momento, quase nada parece certo. A ferida ainda dói, e o que está longe percebo que não está assim tanto. Estou a um passo de mudar. O problema é avançar.

Apagou-se outra vela.

Preciso de me sentir acompanhado. A cumplicidade parece não existir. A noite consome-me a alma ou o espirito ou o que lhe quiserem chamar. É tão facil errar e entregar-se de corpo todo a quem nos parece diferente e emana cumplicidade. Essa cumplicidade boa que todos gostamos.

Apagou-se outra vela.

Continuo à espera. Preciso de desenhar outro caminho, mais seguro, mas se for totalmente seguro que experiências é que isso me proporciona? Agora fiquei confuso.
Quando penso que o que está certo está certo, dizem-me que está errado. Quando penso que está errado, dizem-me que está certo. Não consigo perceber.
Entra alguma luz pela janela. Entra com ela uma brisa que apaga todas as velas. Aquele cheiro a cera quente...

Levanto-me. Pego numa realidade alternativa. Folheio-a. Durmo. Amanhã é outro dia.







(Sugestão musical para hoje: Cúmplices - Mafalda Veiga. Depois perceberão o que eu disse.)

3 comentários:

Anónimo disse...

A chuva...a bela da chuva que nos ajuda a pensar...que nos liberta...que nos arrefece...foi um momento bonito aquele...apesar de nao esperar ouvir nada assim...fiquei sem nada para dizer...custa escolher o caminho certo..mas as escolhas existem por isso mesmo, apesar de muitas delas não serem as mais correctas, existem com algum propósito...o de aprender, e ganhar força para avançar =)

Ajudas-me...quando precisares eu ajudo-te =D

Cumplices ;) *

Anónimo disse...

ao de leve. magicamente. como se fosses dono do tempo. tão sereno. perspicaz nas palavras. nas frases que escolhes para demonstrar aquilo que te vai na alma. "fica tão facil entregar a alma a quem nos traga um sopro do deserto". trazes o tal sopro que as vezes preciso e dás-me aquela força que tantas vezes vai abaixo.

precisamos enfrentar os obstáculos da vida com toda a força que um dia ja conheci em ti e em mim. O dia de amanhã será bem melhor. Acredita em mim ;)

e nao. não quero ser tua cúmplice até amanhecer. quero ser o resto da vida. talvez até um amanhecer bem longicuo ;)

bju*** Si*

Anónimo disse...

Fianlemnte consegui vir aki ao teu blog... epah... eu sei k é repetitivo mas mais uma xs esta 5 estrelas!! k posso mais eu dixer?!
Nda...
Até pk hoje é um dia mtooooo mau... =/ e a inspiração foi se com a bonança... por isso... Fika assim... =)

Bjunfas aki da tua melga favorita

S o p h i e