sábado, agosto 05, 2006

o chão que pisas sou eu .

Dois corpos vazios. Dois copos nus. Cheios de mim. Despidos do mundo como o som que entra e sai algures ali e aqui. Palavras indistintas formam uma espécie de ansiedade boa e má que me corrói por dentro. É especial. Dois papéis escritos. Duas mensagens. Uma de amor. Uma de ódio. Uns opostos extremos. Nós. Relacionamentos indistintos e anónimos que se cruzam no quotidiano banal do amor. Arte. O amor é a arte do nosso dia a dia. Tu és a arte que preenche o meu corpo. Tu és a arte que enche o meu copo, que dá vida ao branco, que morre dentro do preto para resurgir no azul verde vermelho amarelo lilás. Aquilo que nunca tive de ti é saboroso. Eu sei que sim. Agora surges-me como uma ruína que incrivelmente faz parte de mim. Continuas a destruir tudo o que há de bom em mim. Tudo o que há de mau em mim. Tudo o que há em mim. Tudo o que poderá haver em mim. Tu matas e dás vida ao Nós. Tu destróis-nos. Eu amo-te. Tu amas-me?! Por favor, estou viciado. Preciso da dose diária do teu corpo. Preciso das tuas curvas nos meus lençóis. Preciso dos teus gestos simples no chão. A tua roupa espalhada em mim. Preciso de ti. Invade-me! Destrói-me! Consome-me! Mata-me! Ama-me! Percebe o que eu quero, o que eu preciso. Preciso de te ver entrar e consumires-me, dares-me o prazer de me destruires. Eu amo-te. Eu amo-te. Eu amo-te. Eu amo-te. Eu amo-te. Desesperadamente. Eu quero estar aqui contigo. Por favor. Fica. Eu amo-te. Eu não te posso deixar partir, eu quero ter aquilo tudo que nunca consegui ter de ti. Aquilo tudo que nunca consegui ter de ninguém. Por favor, fica! Preciso de ti. Porque eu te amo. Porque...


"O chão que pisas sou eu... O chão que pisas sou eu...






O chão..."














( ~ Linda Martini . Amor Combate ~ )